Como o investidor inteligente lida com as incertezas |

Como o investidor inteligente lida com as incertezas.

Banco do Brasil e Lei Magnitsky.

 

Vamos lá. Selecionamos alguns tópicos aqui, certo? O Luís está questionando como o Barce lida com seu ego. Estou tentando, mas não é uma tarefa simples, Luiz. De fato, não é. Eu acredito que há duas principais razões. A primeira é a personalidade dele. Ele nunca foi alguém que gosta de ostentar, certo? Além disso, sua origem é bastante humilde e ele enfrentou muitas dificuldades. Enfim, creio que ele sempre viu seus investimentos na bolsa como um caminho para fugir da pobreza e evitar retornar a essa situação, correto? Portanto, existe um aspecto histórico relacionado à sua trajetória e suas origens simples, além de perceber que muitos colegas de trabalho que conseguiram enriquecer acabaram gastando tudo sem investir ou gerar riqueza a partir disso, concorda?

A segunda razão também está ligada à maturidade. Não sei quantos anos você tem, mas posso falar pela minha experiência que completar 30 anos foi um divisor de águas pra mim. Nunca me vi como uma pessoa consumista. Contudo, falando do ponto de vista das mulheres, sempre tive interesse por bolsas e sapatos, certo? As garotas que nos assistem vão entender. Para mim, possuir esses itens sempre foi um reflexo do que eu poderia conquistar com meu trabalho, um aspecto de realização pessoal.

Ao alcançar essa nova fase aos 30 anos, comecei a reconsiderar várias questões e comportamentos, digamos assim, e refletir se as coisas que comprava eram realmente para mim ou para agradar aos outros. Então, acredito que isso envolve tanto a personalidade quanto a maturidade. Quando você começa a investir e começa a entender o impacto dos juros compostos ao longo do tempo, as contas começam a fazer sentido. Sempre que você vai ao shopping, por exemplo, para comprar um novo tênis, deverá se perguntar: “Uau, um tênis de R$1.000, muito bonito, né? Mas eu realmente necessito? Quantas cestas de investimento eu poderia adquirir com esses R$ 1.000?” E assim, ao fazer esses cálculos e considerar o custo de oportunidade ao longo do tempo, você se torna muito mais criterioso. Isso não significa que você não possa se conceder alguns mimos ou prazeres.
conforto de vez em quando. Acredito que tudo se resume a achar esse equilíbrio, certo? Algumas pessoas são apaixonadas por carros. Para mim, a verdade é que não me importo nem um pouco com veículos. Tenho o mesmo carro desde 2017, que me transporta do ponto A ao ponto B. É um veículo que exige baixa manutenção, consome pouco combustível e, como passo a maior parte do tempo em São Paulo, não sinto a necessidade de ter um carro luxuoso. No entanto, por outro lado, quem possui uma família maior pode preferir um carro melhor, que acomode mais pessoas, não é? Enfim. Portanto, isso varia, não existe uma resposta clara para essa questão, mas penso que, em geral, com a maturidade e ao perceber o efeito dos juros compostos ao longo do tempo, você tende a se tornar mais cuidadoso nesse aspecto. Tenho diversas incertezas sobre a sinceridade dessa pessoa. Todos já enfrentamos uma situação assim. Quando uma ação está em alta, seu viés inconsciente é crer que continuará nesse caminho, sem nenhuma pausa pela frente. E conversando com alguém que tem uma visão sólida, reconheço que os meus maiores arrependimentos não se referem exatamente a erros, mas sim a ações que decidi vender. Boas empresas que seguiam pagando dividendos, que talvez não atendiam nosso padrão de 6%, mas cuja relação com meu custo de aquisição era excelente, certo? Portanto, ainda continua sendo um ativo que gera resultados, por assim dizer, e que traz robustez para minha carteira de dividendos. Há um momento em que você pensa, ah, vou realizar um pouco desse lucro e guardar.

 

 

As opiniões expressas neste vídeo refletem o conteúdo da AGF Análise de Investimentos. Para ler os relatórios na íntegra, acesse a Plataforma AGF. No mais, as opiniões pessoais dos participantes não representam recomendações de investimento.

 

 

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